Durante a cerimônia do XI Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor, na noite desta segunda-feira, 13, no auditório da Fecomércio, em Palmas, o prefeito José Salomão destacou o poder da educação como ferramenta propulsora para uma democracia sólida.
“Precisamos utilizar-se dos instrumentos do Estado e potencializá-los de forma humanizada e comprometida com os anseios da sociedade. Por isso, imbuído da plena consciência e responsabilidade que o cargo exige, busquei adotar um projeto que tivesse o foco no desenvolvimento de práticas empreendedoras dentro do ambiente escolar, tendo em vista as prerrogativas que a adesão de tais condutas poderia provocar nos alunos do município”, salientou.
Confira o discurso na íntegra abaixo.
Discurso da XI Edição do Prêmio Sebrae – Prefeito Empreendedor - prefeito José Salomão
Palmas, 13 de junho de 2022.
Senhoras e Senhores, boa noite!
Que noite memorável, que noite ímpar! Para minha trajetória política, especialmente, é a demonstração do esforço e confiança, necessários na Administração Pública, que me deixa em elevado estado de orgulho e gratidão!
Inicio meu pronunciamento, rendendo os mais afáveis agradecimentos a todos os funcionários da Prefeitura de Dianópolis, singularmente àqueles que diretamente estavam atentos aos frutos colhidos do planejamento e organização deste Projeto. Profissionais que dedicaram o estímulo e a confiança imprescindíveis para que hoje estejamos aqui.
Agradeço ao Sebrae, renomada Instituição que tem contribuído para o desenvolvimento econômico e sustentável em todos os setores da sociedade.
Nesta noite, estou aqui representando a nossa amada terrinha, Dianópolis, e isso traduz o orgulho de enaltecermos o nome da nossa cidade ao patamar que ela merece. Isso mostra o quanto somos capazes.
Enriquece ainda mais, saber que recebemos este prêmio focado em um tema que também é prioridade na nossa Gestão, a política pública para a educação.
Com o projeto “Educação Empreendedora para o Futuro”, na categoria “Empreendedorismo na Escola”, sinto-me honrado em contribuir com a evolução do processo ensino-aprendizagem dos alunos e da comunidade escolar como um todo.
Cerca de 5 mil pessoas atendidas, entre estudantes, professores e comunidade escolar. Imaginem o efeito disso na sociedade?
Em todas as esferas, o benefício é notório, trata-se de jovens que necessitavam adentrar no mercado de trabalho, professores que necessitavam aprender novas metodologias educacionais e os alunos que tiveram suas habilidades desenvolvidas.
Como ressalta o patrono da nossa educação, Paulo Freire, “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.”
Por meio dessas possibilidades, oferecer oportunidades e sonhos para que todos possam construir um mundo melhor.
Não podemos dar voz ao retrocesso, que tem imperado, travestido de discurso meritocrático e infantil. O caso mais recente é o de Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 206, que propõe o pagamento de mensalidades nas universidades públicas do país.
Ao invés de propor políticas públicas que permitam o ingresso de pessoas humildes nas universidades, o Governo os exclui ainda mais do sonho de se tornarem, quem sabe um doutor ou doutora.
Entristece, mas o que esperar de agentes públicos que afirmam “que as universidades públicas deveriam ser “para poucos” e que crianças com deficiência não podem estudar em escolas regulares”, fala de Milton Ribeiro, terceiro titular no MEC durante o governo Bolsonaro.
Essa exclusão é no mínimo assombrosa e um tanto desumana. Não podemos nos calar diante de tamanhos impropérios. Afinal, há que interessa enfraquecer a educação no Brasil?
Não podemos observar nossos investimentos em Educação, como o FNDE nas mãos de políticos incapazes de gerir e que, com isso comprometem o funcionamento do ensino básico nos municípios do país.
Precisamos utilizar-se dos instrumentos do Estado e potencializá-los de forma humanizada e comprometida com os anseios da sociedade. Por isso, imbuído da plena consciência e responsabilidade que o cargo exige, busquei adotar um projeto que tivesse o foco no desenvolvimento de práticas empreendedoras dentro do ambiente escolar, tendo em vista as prerrogativas que a adesão de tais condutas poderia provocar nos alunos do município.
O projeto foi desenvolvido, também, sob o viés do empreendedorismo a fim de fortalecer essa cultura no nosso município tanto para crianças em idade escolar, como também para jovens e adultos que almejam ingressar ao mercado de trabalho.
Ademais, insta ressaltar que antes da implantação do Projeto, o cenário não era dos mais animadores, com a pandemia e a percepção de medidas insuficientes para desenvolver este aspecto empreendedor.
Não obstante, justamente por conta deste desafio proposto, mínimo, com relação ao efeito multiplicador alcançado, esforços integrados foram dirigidos por todos os profissionais da nossa Administração e estudantes.
Agradeci ao Sebrae no início da minha fala, pois a colaboração de vocês foi fundamental para consecução dos nossos objetivos traçados. Uma união que deu e sempre dará certo, pois estaremos de portas abertas para recebê-los.
Por intermédio de programas como “Semeando Autores” e o “Caderno de Atividades do Jovem Empreendedor nas Escolas” os estudantes, tanto das séries iniciais da educação infantil como do ensino fundamental, tiveram acesso a atividades que explorassem o universo do empreendedorismo de maneira lúdica e recreativa.
A democratização do conhecimento e a inclusão digital, oportunizando que o jovem consiga ser inserido no mercado de trabalho foi um investimento primordial. Com a readequação dos nossos telecentros comunitários, os estudantes puderam participar de diversas oficinas de noções básicas de informática e cabeamento de redes, pelo “Cidade Empreendedora”.
Sem dúvidas, os estudantes agora possuem o arcabouço necessário para adentrarem devidamente capacitados no mercado de trabalho.
Em razão de tamanho sucesso e da disponibilidade de internet gratuita à população, os telecentros funcionam como instrumento essencial na democratização do acesso à tecnologia, contribuindo na redução de desigualdades digitais.
Isso tudo mostra que devemos buscar a unidade, que agrega e transforma vidas. Como Gestor, acredito que não posso permitir que a cegueira pueril e ideológica sobressaia às questões humanas, limitando as nossas capacidades.
Neste contexto, vale citar José Saramago, um dos nobres escritores da literatura:
“Cegueira também é isto: viver num mundo onde se tenha acabado a esperança”.
Que a esperança e o investimento em dias melhores possam ser um dogma existencial, como respeito proeminente do ser humano. Esta busca incessante pela melhoria da gestão administrativa, a qual fomos democraticamente eleitos, frutificará em frutos que serão colhidos por longos anos.
Continuaremos a enxergar além, buscando parcerias com instituições e entidades, as quais enxergam no povo a sua causa de existência e acreditam que devem caminhar unidas.
Encerro citando Anísio Teixeira, considerado um dos mais importantes profissionais que atuaram na educação do Brasil. “Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública”, e acrescento, é a educação.
Por essa razão, pretendo dar continuidades a todas as boas práticas, buscando cada vez mais, inserir Dianópolis no mapa do desenvolvimento, de forma transparente, humana, responsável e acessível.
Este é o legado para o qual acredito ter sido eleito, que possamos contribuir para uma cidade cada vez mais prospera e humana. Que Deus nos ilumine!
Vamos juntos por Dianópolis, pelo Brasil!
Muito obrigado!
José Salomão Jacobina Aires.
Prefeito de Dianópolis.